04/07/2006

frio



frio na espinha na hora de apagar a luz do quarto: dormir sozinho depois de tanto tempo. estranho. cada barulhinho antes ignorado agora vira sobressalto. o vento na janela solta. o vaso que o gato derrubou lá na sala. uma porta de carro na rua de trás. meus olhos ficam abertos na escuridão e eu sei que a noite vai passar em claro. difícil acostumar com a cama vazia. vontade de pegar o telefone. mas a noite já vai longe. e ela também.